“Louco”, “excêntrico”, “insolente”: o comediante Elliot Jenicot vem testar seu show em Dordogne

Depois de trabalhar na Comédie-Française por oito anos, o belga apresentará "Le Coucou de Bavière" no domingo, 22 de junho, às 16h, no salão comunitário de Monpazier.
"Um espetáculo que acaba de estrear, ainda é virgem, ainda podemos fazer o que quisermos com ele. É fantástico!" No domingo, 22 de junho, às 16h, Monpazier poderá se orgulhar de ser a segunda cidade da França a receber o novo espetáculo de Elliot Jenicot, chamado "Le Coucou de Bavière".
O belga, que prefere se definir inicialmente como um "artista", aceitou com alegria o convite de Dominique Gosset, que mora na Dordonha há três anos, após dirigir o teatro Le Contrescarpe, em Paris, por nove. "Ele tem uma carreira muito rica, é uma pessoa atípica e muito talentosa", comenta o homem que continua produzindo teatro e recebe artistas em residência em sua casa em Monpazier.
Da rua à Comédie-FrançaiseEducador social por formação, Éric, também conhecido como Elliot Jenicot, começou a se dedicar à performance de rua antes de migrar para o cabaré, o music hall, o circo e o café-teatro. Durante oito anos, de 2011 a 2019, foi residente na Comédie-Française, onde teve experiência com a interpretação clássica. "Descobri a performance aos 18 anos com um professor apaixonado por teatro e commedia dell'arte. A ideia fez sentido para mim e, seis anos depois, me tornei profissional."
Uma carreira "rica" durante a qual recebeu inúmeros prêmios. Em 1992, por exemplo, seu primeiro espetáculo individual, "Comedy on Tour", inteiramente visual, recebeu o Grande Prêmio e o Prêmio da Imprensa no Festival de Comédia de Montreux. Palhaço, dançarino, ator e artista de pantomima, o artista multifacetado também foi visto no Festival Mimos em 1993, bem como em Avignon no início dos anos 2000.
Histórias de FamíliaAos 62 anos, o belga retorna à Dordonha com um espetáculo "bastante pessoal", no qual encena histórias de família. "Eu já havia escrito muitas coisas ao longo dos anos. Quando o mostrei ao diretor Philippe Sohier, ele me disse que parecia estar lendo um romance. Trabalhamos nele e encontramos um denominador comum", diz Elliot Jenicot, que apresenta um espetáculo "bastante humorístico", tingido de "momentos poéticos".
"No fim das contas, é uma limpeza da casa, e não uma limpeza mental", acrescenta o ator. "Fotos, objetos, panelas e frigideiras que arrastamos por aí e dos quais muitas vezes desejamos nos livrar, mas também personagens que dão vida às nossas memórias", Elliot Jenicot faz dessa "grande limpeza um teatro vivo". O relógio cuco bávaro de seu avô, que nunca recebeu corda, é o fio condutor deste espetáculo, tão "delirante" quanto "excêntrico" e até "insolente".
Prático. "Le Coucou de Bavière" (O Cuco da Baviera) no centro comunitário Monpazier, domingo, 22 de junho, às 16h. Preço: 10 euros, grátis para menores de 18 anos. Reservas: 06 08 50 70 78.
SudOuest